10 desafios para a TI em um mundo virtualizado

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Nesses últimos anos, os desafios que os profissionais de TI enfrentam em data centers virtualizados estão se tornando cada vez mais complicados, pois envolvem o elemento humano e não apenas de tecnologia.

Desde quando decidi escrever sobre meu ambiente de trabalho corporativo neste blog, tenho lido muito sobre este tema e hoje, procurando sintetizar a questão em uma análise de importantes desafios profissionais que a TI deverà dar respostas no futuro próximo, fiz uma lista com algumas questões que acredito que deverão ser tratadas em breve pelos profissionais de TI para unificar e à simplificar o gerenciamento de ambientes mais complexos.

1) Capacidade de Identificar gargalos
No mercado atual existem muito poucas ferramentas capazes de fornecer visibilidade completa de um sistema a partir do ponto de vista do usuário final até chegar aos sistemas de back-end que oferecem o serviço.

O problema fundamental com o monitoring no silo é que você só pode ver os problemas no topo da pilha. O problema muitas vezes está mais em profundidade, os administradores dos servidores não se entendem com os administradores de rede, em um jogo de acusações mútuas. Ainda estamos à espera de uma ferramenta que pode monitorar tudo do ponto de vista do usuário final até o último disco rígido de um Storage.

2) Software Defined Data Center é o futuro.
O vForum que tive a oportunidade de participar aqui em Milano em junho 2014 foi intensamente dedicado aos Datacenters e às Redes Definidas por Software. A virtualização não é um fenômeno passageiro e oferece muitas vantagens em termos de redução de custos, maior flexibilidade de deployment e re-deployment, opções de Disaster Recovery e continuidade de serviços de TI em geral.

Todas as empresas irão virtualizar mais cedo ou mais tarde, sem dúvida. Todo o conceito de SDDC tem, no entanto, muitos players no mercado e a batalha está apenas começando. Orientar-se não serà fácil.

3) O Storage não acompanha a mobilidade virtual e redes definidas por software.
Exatamente como a mobilidade virtual pode ter um impacto sobre as redes a medida que os computadores e as redes se tornarão mais flexíveis, o armazenamento “definido por software” corre o perigo de não acompanhar o ritmo desta evolução.

Será necessario um bom planejamento e investimentos cuidadosos em tecnologia de armazenamento para assegurar que os sistemas possam lidar com a mobilidade possibilitada pela virtualização de servidores e redes definidas por software.

4) O virtual I/O se transforma  em Mission Critical
Quanto à armazenagem, a I/O tem sido um fator limitante para a virtualização de vários aplicativos de alta intensidade de I/O, tais como bancos de dados. Qualquer problema na gestão de desempenho e capacidade terão um impacto ainda maior sobre a organização e sobre o usuário final. Além disso, a demanda por IOPS(Input/Output Per Second), determinada pela virtualização de desktops, será significativamente diferente daquela criada pela virtualização de servidores e o hardware exigirá menor latência e geralmente mais caros.

5) O impacto da Virtual Mobility na otimização da rede
A virtualização tem interessado tipicamente,até agora, apenas uma parte da rede, com o resultado de que as mudanças na virtualização geralmente não têm impacto sobre a rede como um todo. Com a melhoria da tecnologia e o aumento da adoção da workload mobility, o que torna mais fácil para mover cargas geograficas, o rápido movimento dessas cargas pode levar a novos tipos de problemas com a rede corporativa.

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6) A complexidade dos sistemas informativos e o papel da TI
A equipe de TI muitas vezes tem falta de pessoal e está muito ocupada em gerenciar todo o sistema para ter tempo de fazer o cross training, que é uma proteção para a empresa, mas que muitas vezes não é a realidade dentro do departamento de TI. A situação não mudou muito nos últimos anos e provavelmente, não vai mudar em um futuro próximo.

7) Operação H24x365
Manter o tão desejado nivel de uptime de 99,999% significa manter uma média de 5,26 minutos de inatividade por ano. Poucas pessoas percebem o que tem por tras, do ponto de vista informatico, do simples gesto que possam postar no Facebook ou no Pinterest. Estamos acostumados a uma rede “sempre disponível”, como a electricidade. É a equipe de TI que cuida para que a abertura total e continua seja vivida sem particular ansiedade. Upgrades não são o problema, mas sim os problemas que sempre surgem quando os usuários começam a trabalhar com a atualização.

8) Em busca da lendária Console Unificada de gestão de TI
Este conceito tem sido desenvolvido ao longo dos ultimos anos. Na verdade, nenhum produtor realmente tem e, provavelmente, não a teremos a disposição nos proximos anos, pelo menos até que alguém invente algo que realmente torne a nossa vida mais fácil. Haverão sempre outras ferramentas para realizar tarefas específicas durante o dia devido a tecnologias específicas ou hardware específico, mas você precisa encontrar, com base em seu papel em TI, um console capaz de fazer o trabalho pesado para vocé.

9) Controle de automação em tempo real
Muitas das falhas na TI são resultados de processos ou sistemas que se encontrarm em constante mutação. Como resultado, as equipes de aplicativos sempre tiveram um controle muito restrito sobre as alterações nos sistemas de aplicação de missão crítica. A virtualização e automação, por outro lado, tornam mais fácil e mais rápido a criação de novos sistemas ou facilitam as alterações aos sistemas já existentes, mas também simplificam a criação de inteiros clusters de sistemas e pilhas de aplicativos. Estas duas culturas tem que encontrar uma maneira de aproveitar o poder e a flexibilidade da virtualização sem introduzir instabilidade em aplicações críticas virtualizados.

10) A equipe de TI dedicada a virtualização deve agir como a cola
Redes, armazenamento e aplicações que convergem para o nível da virtualização. Enquanto a virtualização de servidores é de longe o componente mais maduro de um Centro de Dados Definido por Software (SDDC) , o próximo desafio será olhar para além das fronteiras do desenvolvimento para entender a melhor forma de gerir e coordenar as mudanças e ações com outras áreas de tecnologia.

É necessário aumentar a velocidade de mudança em todas as tecnologias interligadas. Os profissionais de TI que gerenciam a virtualização serão cada vez mais a cola que mantém todas as outras equipes alinhadas.

Proximamente, irei abordar cada um desses temas de uma maneira mais profunda, principalmente no que diz respeito à virtualização e o SDDC.

Se este tema te interessa, comente e compartilhe com teus amigos e colegas de trabalho…

um abraço

Jair Ribeiro

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