Quando o currículo é mais importante do que o percurso acadêmico

Entrevista de trabalho“Você se formou com honras na USP? Venha amanhã para uma entrevista. ” Muitas vezes acontece que em muitas empresas internacionais a primeira apresentação do currículo é feita com a única avaliação do prestígio da universidade de origem e a pontuação.

O resultado dessas escolhas é que descartando candidatos de hipóteses alternativas de formação os novos colaboradores são muito semelhantes entre si. Geralmente todos, igualmente provenientes de um contesto famíliar médio-alto, com desempenho acadêmico semelhante, boas notas em todos os exames e com alta continuidade curricular, assim como as experiências extracurriculares.

Fortunadamente, algumas grandes empresas de consultoria como a Deloitte em colaboração com a Rare Recruitment, uma empresas de RH especializada no recrutamento de pessoal com alto potencial, mas não “compatível”, estão cada vez mais abertas à assumir funcionários por meio de entrevistas cegas, onde a universidade onde o candidato conseguiu as suas qualificações académicas, é  revelado somente após o headhunter formaliza a proposta de emprego. Desta forma, o preconceito inconsciente para com aqueles que não puderam frequentar escolas de elite tende a diminuir.

Além de que a  Deloitte, como muitas outras empresas internacionais na Europa, vai adoptar um novo algoritmo de análise do CV que se baseia no Big Data que avalia a pontuação dos cursos frequentados com novos padrões.

O objetivo desta mudança de paradigma é permitir às empresas de contratar pessoas que pensam em modo diferente e que possuam um background social diferente. “

Deloitte não é a única empresa a ter escolhido este caminho, até mesmo concorrentes como a EY e PwC estão mudando os critérios de contratação de diplomados, a fim de atrair um maior número de jovens para serem treinados. O “Think Different” adotado por Steve Jobs e muitas empresas de tecnologia, cuja missão é a inovação, portanto, está se tornando um modelo para as empresas mais tradicionais. Por exemplo, a Nike cujo último spot “Last” é dedicado aos últimos, como pode ser visto no vídeo, ou seja, aqueles corredores que cruzaram a linha de chegada quando a fase da premiação é ja terminada e catadores de lixo limpar as ruas. O slogan “Qualquer um pode se tornar um corredor. Tudo que você precisa fazer é começar a correr “pode ​​valer a pena, portanto, também para todos aqueles caras do currículo atípicos que não tiveram a oportunidade de frequentar as faculdades melhores e que só por isso foram anteriormente rejeitados.

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